O corpo dói
Os braços pesam
Não sobra força
Não sobra um verso
Depois do murro
Depois do choro
Da raiva pura
Do desconsolo
Como engolir, digerir e retomar?
Ele faz tudo se deformar
Realidade contorcida, tudo alterado
Não segue linha, não faz bordado
São ofensas que deságuam da boca frouxa
Não dá sossego, e não descansa
Corta carne, corta alma
E rasga tudo, até lembrança
E eu sigo torta, dolorida, pressionada
Cospe, bate, ofende e grita
Se vê um fardo, se vê ferida
Desleixo de vida, descuido
Não rompeu casca, não virou fluido
Ficou só pedra, terra queimada
Sobrou num canto
Um homem manco
Luiza Mattos
Não sobra força
Não sobra um verso
Depois do murro
Depois do choro
Da raiva pura
Do desconsolo
Como engolir, digerir e retomar?
Ele faz tudo se deformar
Realidade contorcida, tudo alterado
Não segue linha, não faz bordado
São ofensas que deságuam da boca frouxa
Não dá sossego, e não descansa
Corta carne, corta alma
E rasga tudo, até lembrança
E eu sigo torta, dolorida, pressionada
Cospe, bate, ofende e grita
Se vê um fardo, se vê ferida
Desleixo de vida, descuido
Não rompeu casca, não virou fluido
Ficou só pedra, terra queimada
Sobrou num canto
Um homem manco
Luiza Mattos
Rio Pardo 04/01/2021
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